29/01/2009

Ser coerente!

Conforme prometido aqui vos deixo o resultado de uma pequena pesquisa e com alguns comentários(inhos) que sinto obrigação de escrever.

Comecemos!
Escreve o  Senhor Doutor Henrique Silveira "O Coerente":


"17.5.05

"Fizémos dois anos de Blogue hoje! Só me recordei ao ler o Ideias Soltas! Um muito obrigado ao Carlos A. Alves pelos parabéns que nos deu.

Aproveito para dizer que, embora a decisão se tenha passado há algum tempo, a partir de hoje deixa de se fazer crítica, por mim próprio, a agrupamentos portugueses, ou com base em Portugal ou a intérpretes solistas portugueses! Acabam as críticas de ópera do S. Carlos no que diz respeito à OSP e ao Coro. Continuarei a falar sobre a qualidade musical das obras, das encenações e de alguns cantores (não residentes no burgo) desde que mereçam referência."


Mas não se aguentou muito tempo!!!!!!!Um mesito!



23.6.05

S. Carlos anuncia temporada 

 “Uma temporada que…Mesmo assim seria também prioritário investir em instrumentos melhores para as cordas da orquestra, que o som continua feio, e tentar obter da tutela uma sala de ensaio e condições de trabalho para a orquestra.

Continua a aberração de se ter Zoltan Peskó a dirigir o Rapto do Serralho (!!!) e um Ouro do Reno que poderia ser excelente, não fora a inacreditável escolha deste "maestro", numa nova produção com encenação de Graham Vick que prefigura um novo ciclo do Anel do Nibelungo. "


Esquecimento????Ora vejamos um pouco mais para a frente.




10.12.06

Così fan tutte no S. Carlos 

 “Agora que assisti a duas récitas, primeiro e segundo elenco posso enunciar mais dados críticos sobre os aspectos musicais desta produção.

Donato Renzetti: Profissional, atento à partitura, sempre tentanto manter a orquestra segura. Não evitou desacertos graves entre cantores e orquestra em ambas as récitas a que assisti…””

“…Orquestra: As trompas, massacradas por toda a crítica, estiveram realmente em plano muito fraco na estreia, mostrando-se medíocres no dia do segundo elenco. Deve-se dizer que esta orquestra é fraca e enquanto o Estado português pagar o que paga (e não exigir um estatuto de quase exclusividade) terá sempre músicos e instrumentos inferiores aos das melhores orquestras internacionais…”

Pedir a esta orquestra uma prestação digna de mérito absoluto é exigir demais, se nos colocarmos numa análise de mérito relativo então a situação é mesmo vergonhosa para um país que já foi chamado de “mar da música” no século XVI. Factos: falou-se dos sopros, aspectos mais evidentes de uma prestação débil, as trompas comprometeram muitas passagens com erros de palmatória mas as cordas (sobretudo nas partes agudas) exibiram sempre uma articulação inapropriada, arrastada, o som resultou abafado, pelo número reduzido de instrumentistas e pela falta de brilho da interpretação. Se no dia da estreia parecia que a coisa tenderia a subir com mais récitas, no dia do segundo elenco a música resultou muito pior. No dia do segundo elenco reapareceu desafinação nos primeiros violinos, coisa absolutamente inadmissível em qualquer orquestra, mesmo fraca como esta, entradas fora de tempo e saídas também fora de tempo e muitas notas erradas que se destacam pela delicadeza da construção mozarteana. O tecido instrumental foi confuso sem um nexo condutor, desacertos e descoordenações foram gritantes. E se os sopros comprometeram às vezes, os violinos comprometeram sempre.

 A aparição do coro foi desastrosa na primeira récita. O coro está de novo a decair, os cantores berram tentando sobressair do conjunto, terminam frases depois dos outros porque ficam a sustentar notas não se sabe bem para quê e não conseguem entrar todos ao mesmo tempo e no ponto exacto. Notou-se também desafinação, menor do que em tempos passados. Acabo por não saber se foi pior na estreia ou no dia do segundo elenco, mas é tão fraco que não vale a pena perder muito tempo. Mozart não merecia este tratamento e felizmente o coro não está muito tempo a arruinar o conjunto nesta produção."


14.12.06

"Sobre a produção destaco que, apesar destas considerações estéticas, me pareceu absolutamente conseguida nos seus objectivos, apesar de discordar desta ou daquela ideia, apesar de pensar que o lado explícito foi desajustado da obra, o Così fan tutte no S. Carlos valeu a pena, a orquestra é medíocre, o coro é fracote, Renzetti poderia ter explorado mais as linhas complexas do texto mozarteano, poderia ter construído uma teia de som mais articulada e complexa, mas foi o melhor possível com o material de que dispõe. Creio que ter orientado todo o discurso musical para o refinamento, em vez de priviligear alguma segurança e algum pathos mais romântico, poderia levar à catástrofe. Preferiu jogar pelo seguro. Como se sabe o bom é inimigo do óptimo, e com a OSP e este coro o óptimo é impossível."

 



"Acabam as críticas de ópera do S. Carlos no que diz respeito à OSP e ao Coro."Quem foi o manganão que escreveu isto a 17 /5/05???



Como diz o meu amigo Rogério:


SIGA PARA BINGO!!!!



21.12.06

Édipo no S. Carlos 

 

20. 21. 22 de Dezembro 2006 às 20:00h.

Teatro Nacional de São Carlos

 

GENESIS SUITE (1945) numa estreia em Portugal

“…A orquestra Sinfónica portuguesa cumpriu dentro das suas limitações de orquestra de segunda, o som continua desinteressante..."

“…O coro esteve fraco (aqui o fraco do coro é de uma outra dimensão do fraco de Ardant), vozes gritadas e estrídulas, projecções excessivas, para lá do necessário. Dá a impressão de termos no conjunto dos sopranos um conjunto frustrado de Natálias de Andrade: todas gostariam de poder gravar uns CD e serem solistas no S. Carlos. Os tenores enfermam do mesmo vício, entusiasmam-se e... é o caos, ficam a berrar fora de tempo, prolongam em excesso as notas, atrasam.”

“…Nem o coro nem a orquestra estiveram "bastante bem". A orquestra esteve medíocre e o coro foi fraco, e as imprecisões foram mais do que muitas."


O Senhor Doutor deve ter como companheiro de escrita aquele senhor alemão que não me lembro agora o nome.Ahhhh!!!Já sei!Sr.Alzeimher.



8.5.07

Valquíria - Miserabilismo musical 

 


“Prometi anteriormente escrever sobre os aspectos musicais da Walküre em Lisboa…”

A orquestra wagneriana em versão mini, com 18 cordas a menos do que o minimamente exigível, e de muito fraca qualidade nessas mesmas cordas, portou-se francamente mal. O buraco orquestral, de acústica péssima e mal estudada, não contribuiu para mais, mal medido revela a profunda incompetência, ou desinteresse, do encenador sobre o assunto.

Os graves estando muito separados não se ouviam entre si com desacertos gritantes nas entradas, trompas e fagotes, contrabaixos e violoncelos, contrabaixos e todo o resto. Parecia que tudo andava à nora. Os violinos desafinados, com notas erradas e, cúmulo dos cúmulo, no final da obra (na passagem francamente difícil do fogo mágico) até parecia haver primeiros violinos a fingir que tocavam, arcos atravessados voando alegremente sem tocar nas cordas!

O resultado orquestral foi claramente mau…”

 


10.12.07

Rigoletto no S. Carlos, o Horror 


"Certamente um dos piores Rigolettos de todos os tempos no S. Carlos, de onde regresso agora da estreia. O pior de tudo foi a direcção inacreditável de Alexander Polianitchko mas as vozes abomináveis, a orquestra inenarrável, o coro infernal, a interpretação péssima, a representação inexistente, a soma de erros crassos, tudo contribuiu para uma noite das mais negras de todos os tempos no Teatro de S. Carlos. Simplesmente horrível. Eu julgava que o mínimo já tinha sido atingido há muito tempo, enganei-me redondamente, a incompetência (tal como a estupidez) é insondável. Pior que isto no nosso teatro nacional, o teatro da capital da cimeira de Lisboa (ridículo não é?), só o Cura a dirigir a nona de Beethoven, mas em concerto, não em ópera..."



Ai o  doutor esquecido...!!!Então não se lembra que acabavam as críticas ao S. Carlos?



4.6.08

No reino da fantasia 

 “Ontem lá fui ver mais uma Tosca,…o elenco de quinta linha de ontem soçobrou diante da barreira sonora gratuita produzida no fosso da orquestra, orquestra da qual me dispenso a falar mas que também não foi perfeita, apesar de sonoridades belas como no solo de clarinete...”


Gostaria de dizer a propósito desta produção que o solo do quarteto de violoncelos do III Acto foi amplamente elogiado não só em Portugal, como no estrangeiro, por profissionais do "ramo".E isso eu nunca vi escrito nas críticas iluminadas do Sr. Alzeimher.Perdão!Do Senhor Doutor Henrique Silveira.Mas eu sei porque razão isso acontece.



20.7.08

Concerto vergonhoso 

"Prometi a mim próprio não ser destrutivo numa crítica, não o farei agora, destrutiva foi a indiferença, a falta de precisão, o amadorismo, a falta de qualidade sonora, a desconcentração inenarrável, a ausência de qualquer sensibilidade musical, a sopa de som informe e maçuda da Orquestra Sinfónica Portuguesa no concerto do Festival do Estoril no Teatro Camões no dia 18 de Julho.

A peça de Colla foi uma berraria do princípio ao fim, sem textura nem cor.

O concerto de Sibelius com um violinista excelente a lutar contra a apatia sonora da orquestra que apenas soube produzir uma espécie de pasta sonora que se agarrava ao som belo poderoso, sensível e transparente de Ovrustsky, um violinista a merecer ser notado a nível mundial.

A peça de Ince, Memórias de Lycia, foi o culminar do cataclismo. Será que os senhores dos violinos (simplesmente caóticos), madeiras (lamentável a falta de precisão nas partes mais ritmadas), percussão (sem controle de som) e todo o resto da orquestra, não percebem que o facto da obra ser estreia em Portugal não os obriga a tocar de forma empenhada mesmo que ninguém conheça a obra? Não percebem que desafinação, descontrolo no tempo, falta de ritmo, som horrível, arcadas trocadas e sons desconexos, pizzicatos completamente desfasados, entradas erradas, descoordenações entre naipes e dentro dos naipes, não são perceptíveis mesmo numa obra que nunca se escutou antes? Uma obra com imensas qualidades simplesmente arrasada pela interpretação displicente desta orquestra indisciplinada e sem qualidade.

O maestro David Miller, que escutei noutras oportunidades, tem qualidade, nada pode fazer contra este estado de coisas apesar das suas indicações precisas e o compositor ao piano suava e tentava adaptar-se o melhor possível a um caos total.

Desastre: quando um concerto é assim a crítica não arrasa, quem arrasou é a orquestra. Arrasaram a música vestidos de camisa preta, sem cor nem chama, sem alegria nem empenho, celebraram o funeral da música ao longo de duas horas de concerto."


Acerca deste concerto gostaria de dizer o seguinte:


O Senhor Doutor Henrique Silveira,além de imbecil, é MENTIROSO!!!!


O maestro não tinha qualidade(no concerto de violino foi quase um desastre!).Graças à orquestra,por conhecer bem o concerto de Sibelius,conseguiu ajudar qualquer coisinha o coitado do solista.Por falar em solista ,o pianista era,como se que se costuma dizer ,arrítmico.A peça era um nojo(assim parecida com as críticas do Doutor Silveira) e quando o pianista tem articulação precoce,não há orquestra que lhe valha.Estranhamente o Sr. Colla gostou muito da interpretação da sua peça.Esteve presente em todos os ensaios,deu as indicações e instruções que lhe foram pedidas e no final do concerto estava bastante satisfeito(disse-me pessoalmente).


Então sua sumidade?Em que é que ficamos?Quem é que arrasa quem?E afinal onde está a coerência?Não fazia mais crítica ,mas continua a fazer.Depois já não faz mais ,mas volta a criticar...?Menino mimado...!


Prometo mais "faca e alguidar" nos próximos dias!


Até lá,fiquem benzinho com o nosso críticuzinho!

 

"A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição."
Aristóteles

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